quarta-feira, 3 de outubro de 2007




A SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA DE UM MUNDO LETRADO E INCLUSIVO DE SURDOS E MUDOS


A escola enquanto instituição surge historicamente como fruto da necessidade de se preservar e transmitir ás novas gerações, a cultura e os conhecimentos produzidos no decorrer da história pela humanidade, assim como, conquistar novos valores sociais, culturais, educacionais e políticos da sociedade contemporânea. Sempre que exige mudanças da escola, a própria sociedade está em transição e precisa de outro tipo de educação.



A proposição deste tema de inclusão social tem a necessidade de reestruturação e renovação da escola e da resposta educativa para educar todos os aprendizes em salas de aulas regulares.


Segundo Estrela (1996), é na escola e pela ação cotidiana que se revelam as necessidades de formação do professor, que se forja a sua identidade profissional e se afina o seu projeto de vida.
Em pertinência a esta idéia, Garcia (1999) aponta que é necessário, estudar e compreender a formação dos professores em íntima relação epistemológica com quatro áreas da teoria e investigação didática, quais sejam: a escola, o currículo, o ensino e os professores.


A abordagem da formação de professores na perspectiva da educação inclusiva implica ressingnificar o papel do professor, da escola, da educação e de práticas pedagógicas que são usuais no contexto excludente do nosso ensino, em todos os seus níveis. Trabalho com inclusão requer mudanças de paradigmas e Ter postura ética (compromisso com a aprendizagem, compromisso com a formação, compromisso técnico-humano-científico, compromisso com a qualidade na aprendizagem).


O diferente seja ele portador de dificuldade de aprendizagem, distúrbio ou deficiência, em todos os aspectos da sua vida social, negativamente é estigmatizado, pressionando e discriminado.

Julgando-se incapaz de aprender, de conviver, de ser realmente o que é, cria bloqueios que não são fáceis de superar. Precisando assim, de um olhar integral e não somente voltado para sua dificuldade, de uma relação que vá além da objetividade pedagógica, de um ‘’ ego auxiliar’’ para poder constituir-se e de ser visto segundo suas possibilidades e não impossibilidades.


Um sujeito que necessita que o professor deseje tê-lo como educando e não o rotule pôr suas dificuldades, que o faça sentir-se seguro e assegurado, que tenha a garantia de um compromisso com os encaminhamentos das suas necessidades.


Partindo da premissa de que todos nós somos diferentes, parafraseando Maria Eglér Mantoan’’ não lidar com as diferenças é não perceber a diversidade que nos cerca os muitos aspectos em que somos diferentes um dos outros’’, o sistema educacional deve assumir um dos papéis principais na disseminação da mensagem de compreensão e aceitação dos direitos de todas as pessoas indistintamente, ajudando a banir medos, mitos e concepções falsas, e realizar a educação aberta á diversidade, uma educação para todos – a educação inclusiva.


A orientação da escola constitui a principal vertente da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), pelas quais as escolas regulares são consideradas como os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, constituindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos.


A partir de algumas reflexões que foram ditas até aqui, será tratado, nesta investigação a temática sobre ‘’Inclusão – Uma escola para todos’’, buscando articular ações que edifiquem um trabalho coletivo, coerente, que viabilizam a ressignificação do SER. SABER, FAZER E VIVER nos níveis cognitivos, sociais, afetivos e psicomotor, numa perspectiva transformadora e de inclusão de novos valores na educação.


Nesse sentido o presente projeto tem pôr objetivo discutir e defender a existência de um sistema educacional que se proponha a atender, com qualidade, a todo o seu alunado, independente de suas características particulares originadas de suas habilidades, origem cultural, étnica, religiosa, opção sexual ou qualquer outro aspecto que o diferencie.


Pretendemos ainda mostrar o que as pesquisas intencionais têm apontado como principais obstáculos á viabilização de uma educação democrática e de qualidade para todos, bem como mostrar que argumentos têm sido utilizados para combater esses obstáculos, removendo-os, ou pelo menos os minimizando.


A escola é, em especial, o lugar pôr excelência em que a heterogeneidade se encontra presente, e esta deve ser celebrada como um recurso, ao invés de ser vista como um problema.

Essas experiências não devem pôr um lado, serem traduzidas ao pé da letra para o contexto brasileiro, elas podem e devem pôr outro, servir de fontes de inspiração para que possamos repensar nossas próprias realidade e prática.

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