quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Diversidade e aceitação


A diversidade está presente nas nossas vidas a partir do momento do nosso nascimento.

Nunca vimos o rosto de nossos pais, mesmo assim a partir do momento que nos sentimos aceitos e amados neste novo mundo pós-uterino ficamos mais aptos para enfrentarmos a nova realidade, um mundo a ser descoberto e construído.

Assim nós crescemos descobrindo e convivendo com o novo até que um dia nos deparamos com as rupturas impostas pelo preconceito, que é filho do medo, às vezes com tanto poder em nossas vidas.

Inclusão é uma palavra rica, que envolve compreensão, um novo olhar para o outro, e sobre tudo, um novo olhar para nós mesmos.
Inclusão não significa assimilação, não há na inclusão uma perda de valores éticos, religiosos e culturais, pelo contrário, é um adicional ao legado dos nossos pais, é uma soma de culturas com total respeito à diversidade, é na verdade quando temos a chance de encararmos nossos valores e nossa moralidade de frente.
Existem pessoas com deficiências aparentes, sejam elas motoras físicas ou mentais, estas deficiências estão expostas, as outras pessoas que não se enquadram neste quadro são aquelas com deficiências ocultas em maior ou menor grau.

O convite para que venham participar da nossa festa pode ser feito agora, pois todos cabem neste contexto inclusivo de iguais diferentes.

Toda vida é sagrada e a inclusão é escolha pela vida, a aceitação de nós mesmos e precisamos estar presentes nesta celebração inclusiva, de convivência entre diferentes.

A partir do momento que nos aceitamos como seres humanos, pessoas que vencem que falham que acertam que erram que também convivem com suas próprias limitações, ficam mais aptos a aceitar quem aparentemente não é como nós.

Todos nós temos a centelha divina, somos todos abençoados, há sempre mais uma benção a ser dada e bênçãos são inclusivas.

Mesmo que muitas vezes nos pareça difícil, pois são tantos os nossos questionamentos, toda vida é uma dádiva, toda vida é um grande acontecimento.

sábado, 27 de outubro de 2007

Um olha ético


A inclusão é a igualdade pela aceitação da diversidade, é o caminho da paz social e o caminho da paz no mundo, por mais difícil que está idéia nos pareça.

É o desenvolvimento de uma nova ordem, não é na verdade uma idéia radical, mas, como já disse, uma escolha pela vida, onde os pais de homossexuais poderão conviver naturalmente com seus filhos, onde uma pessoa em cadeira de rodas terá acesso aos ambientes, pessoas com deficiência mental serão respeitadas, os cegos e surdos estarão integrados, enfim, a diversidade fará parte do nosso cotidiano.

A inclusão sempre nos fará pensar no mundo em que vivemos e em como desejamos que seja este mundo, para nós, nossos filhos e nossos netos. É o reconhecimento de que todos fomos feitos a imagem e semelhança de Deus, e somos todos capazes de amar e amor é a chave para inclusão.

Somos inclusivos,quando acreditamos que quem não pensa como nós e não tem a nossa crença é merecedor do mesmo respeito de que nós nos consideramos dignos,somos também inclusivos quando acreditamos que quem pensa como nós, mas não tem exatamente a nossa aparência é merecedor deste mesmo respeito, somos também inclusivos quando acreditamos que aqueles que não têm a mesma opção sexual são também merecedores deste respeito.

Estamos mais próximos da inclusão quando encaramos a velhice de frente,quando encaramos as doenças, quando encaramos nossa auto rejeição, nosso medo da morte. Se ainda não estamos hoje, todos nós estaremos sujeitos a buscar a nossa própria inclusão, em algum momento de nossas vidas, mesmo que seja em retorno, como aquele que afastado de sua religião um dia ouve um chamado e iniciará o caminho de volta, talvez não seja tão fácil aprender as rezas, se relacionar com as pessoas, ainda estranhas, mas é preciso voltar, se incluir, se aproximar, compartilhar, fazer parte e acreditar.

Inclusão é amor, é abraçar a vida, é crença no divino, é fé no potencial humano, é igualdade, diversidade, é compartilhar, discordar, é respeito pela diferença, é o caminho da paz, a busca da plenitude, exercício de tolerância, diminuição brusca da violência, diversidade na sala de aula, riqueza na nossa vida.

Vamos começar nas nossas casas, na nossa comunidade e vamos sonhar juntos que este seja realmente o nosso sonho, o sonho de um mundo inclusivo, o sonho de um mundo melhor.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Esse vídeo foi produzido por: Liliane, Deise, Lucy Mary, Regina, Ana Lúcia e Ana.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Meu Vídeo

Letramento e Inclusão de Surdos na Língua Portuguesa


Compreender o processo de aquisição da Língua Portuguesa escrita por indivíduos surdos é de fundamental importância a todos os professores, tanto os de línguas como os de outras áreas do conhecimento, a fim de que possam refletir sobre a maneira mais adequada de ensinar, de forma que a escrita seja significativa a seus alunos.


É relevante salientar também que a escola e os educadores são os responsáveis pela inclusão dos surdos no ambiente escolar e social e pela garantia de serviço de apoio especializado, currículos, técnicas e recursos específicos para atender suas necessidades educativas especiais, conforme regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996).


No entanto, muitos professores desconhecem a história da educação e a cultura surda, a Libras (Língua de Sinais Brasileira), a forma como os surdos aprendem a escrita da língua oral e também o fato de que esses conhecimentos poderiam facilitar a organização de suas estratégias de ensino.


A importância da aquisição da Libras, na forma sinalizada e escrita, e da aquisição da leitura e da escrita da Língua Portuguesa, percebe-se que muito ainda há para ser estudado e refletido sobre esse assunto. Nota-se também que a área de Letras carece de pesquisas nesse campo, pois é essencial que os professores de Língua Portuguesa saibam como os surdos aprendem a escrita da língua oral, a fim de que proporcionem a seus alunos um ensino significativo.

Algumas mudanças educacionais são necessárias para que o sujeito surdo possa ser reconhecido tanto no ambiente escolar quanto na sociedade em geral e tenha a oportunidade de desenvolver-se integralmente. É fundamental que a escola e a própria sociedade mudem sua concepção de surdez e passem a valorizar os surdos pelos seus talentos e não por aquilo que lhes falta.


Também é importante que as instituições de ensino cumpram com suas funções sociais e políticas de educação e comprometam-se com a formação de cidadãos participativos, responsáveis e críticos, independente das particularidades de cada pessoa.


A importância de se lutar contra as exclusões, aceitando as diferenças, valorizando cada pessoa, convivendo dentro da diversidade humana e democratizando uma nova visão de mundo, com direito a igualdade, onde podemos reconhecer em cada ser, talento próprio a serem desenvolvidos com o amplo processo de inclusão social no sistema educacional brasileiro.


Com uma proposta integrada ao projeto da escola, direcionada á busca e continuidade ao processo ensino-aprendizagem, com um atendimento educacional diversificado para o alunado, propondo atender a todos independente de suas características particulares. Pois, a educação inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceções.

Servindo como uma reflexão sobre o desafio de incluir, cuidar, integrar, reconhecer, relacionar-se com crianças (e pessoas de um modo geral), com necessidades especiais (deficientes mentais, crianças com limitações sensoriais ou neurológicas etc.).

Refletindo sobre os fundamentos da educação inclusiva, analisando o que está na base, apoiando, e mesmo que não tenhamos consciência, que não temos obrigação de trabalhar em sala de aula, estar presente e de alguma forma regula nosso trabalho. É fundamental refletir sobre isso, procurar saber e tomar uma posição sobre o que pode estar definindo as características do nosso trabalho.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007




A SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA DE UM MUNDO LETRADO E INCLUSIVO DE SURDOS E MUDOS


A escola enquanto instituição surge historicamente como fruto da necessidade de se preservar e transmitir ás novas gerações, a cultura e os conhecimentos produzidos no decorrer da história pela humanidade, assim como, conquistar novos valores sociais, culturais, educacionais e políticos da sociedade contemporânea. Sempre que exige mudanças da escola, a própria sociedade está em transição e precisa de outro tipo de educação.



A proposição deste tema de inclusão social tem a necessidade de reestruturação e renovação da escola e da resposta educativa para educar todos os aprendizes em salas de aulas regulares.


Segundo Estrela (1996), é na escola e pela ação cotidiana que se revelam as necessidades de formação do professor, que se forja a sua identidade profissional e se afina o seu projeto de vida.
Em pertinência a esta idéia, Garcia (1999) aponta que é necessário, estudar e compreender a formação dos professores em íntima relação epistemológica com quatro áreas da teoria e investigação didática, quais sejam: a escola, o currículo, o ensino e os professores.


A abordagem da formação de professores na perspectiva da educação inclusiva implica ressingnificar o papel do professor, da escola, da educação e de práticas pedagógicas que são usuais no contexto excludente do nosso ensino, em todos os seus níveis. Trabalho com inclusão requer mudanças de paradigmas e Ter postura ética (compromisso com a aprendizagem, compromisso com a formação, compromisso técnico-humano-científico, compromisso com a qualidade na aprendizagem).


O diferente seja ele portador de dificuldade de aprendizagem, distúrbio ou deficiência, em todos os aspectos da sua vida social, negativamente é estigmatizado, pressionando e discriminado.

Julgando-se incapaz de aprender, de conviver, de ser realmente o que é, cria bloqueios que não são fáceis de superar. Precisando assim, de um olhar integral e não somente voltado para sua dificuldade, de uma relação que vá além da objetividade pedagógica, de um ‘’ ego auxiliar’’ para poder constituir-se e de ser visto segundo suas possibilidades e não impossibilidades.


Um sujeito que necessita que o professor deseje tê-lo como educando e não o rotule pôr suas dificuldades, que o faça sentir-se seguro e assegurado, que tenha a garantia de um compromisso com os encaminhamentos das suas necessidades.


Partindo da premissa de que todos nós somos diferentes, parafraseando Maria Eglér Mantoan’’ não lidar com as diferenças é não perceber a diversidade que nos cerca os muitos aspectos em que somos diferentes um dos outros’’, o sistema educacional deve assumir um dos papéis principais na disseminação da mensagem de compreensão e aceitação dos direitos de todas as pessoas indistintamente, ajudando a banir medos, mitos e concepções falsas, e realizar a educação aberta á diversidade, uma educação para todos – a educação inclusiva.


A orientação da escola constitui a principal vertente da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), pelas quais as escolas regulares são consideradas como os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, constituindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos.


A partir de algumas reflexões que foram ditas até aqui, será tratado, nesta investigação a temática sobre ‘’Inclusão – Uma escola para todos’’, buscando articular ações que edifiquem um trabalho coletivo, coerente, que viabilizam a ressignificação do SER. SABER, FAZER E VIVER nos níveis cognitivos, sociais, afetivos e psicomotor, numa perspectiva transformadora e de inclusão de novos valores na educação.


Nesse sentido o presente projeto tem pôr objetivo discutir e defender a existência de um sistema educacional que se proponha a atender, com qualidade, a todo o seu alunado, independente de suas características particulares originadas de suas habilidades, origem cultural, étnica, religiosa, opção sexual ou qualquer outro aspecto que o diferencie.


Pretendemos ainda mostrar o que as pesquisas intencionais têm apontado como principais obstáculos á viabilização de uma educação democrática e de qualidade para todos, bem como mostrar que argumentos têm sido utilizados para combater esses obstáculos, removendo-os, ou pelo menos os minimizando.


A escola é, em especial, o lugar pôr excelência em que a heterogeneidade se encontra presente, e esta deve ser celebrada como um recurso, ao invés de ser vista como um problema.

Essas experiências não devem pôr um lado, serem traduzidas ao pé da letra para o contexto brasileiro, elas podem e devem pôr outro, servir de fontes de inspiração para que possamos repensar nossas próprias realidade e prática.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Inclusão de surdos e mudos




O plano teórico – ideológico da escola inclusiva requer a superação dos obstáculos impostos pelas imitações do sistema regular de ensino. Seu ideário defronta-se com dificuldades operacionais e pragmáticas reais e presentes, como recursos humanos, pedagógicos e físicos ainda não contemplado nesse Brasil afora mesmo nos grandes centros.
Essas condições a serem plenamente conquistadas em futuro remoto, supõem-se, são exeqüíveis na atualidade, em condições restritamente especificas de programas – modelos ou experimentais.

O que se afigura de maneira mais expressiva ao se pensar na viabilidade do modelo de escola para todo o país no momento, é a situação dos recursos humanos, especificamente dos professores das classes regulares que precisam ser efetivamente capacitados para transformar sua pratica educativa. A formação e a capacitação docente impõem-se como meta principal a ser alcançada na concretização do sistema educacional que inclua a todos, verdadeiramente.


È indispensável à dificuldade de efetuar mudanças, ainda mais quando implicam em novos desafios e inquestionáveis demandas socioculturais. O que se pretende, numa fase de transição onde os avanços são inquietamente almejados, é o enfrentamento desses desafios mantendo-se a continuidade entre as práticas passadas e os presentes, vislumbrando o porvir; é procurar manter o equilíbrio cuidadoso entre o que existe e as mudanças que se propõe.


A inclusão de surdos e mudos requer uma proposta de mudanças de paradigmas educacionais, para que todos tenham o direito ao acesso a uma educação de qualidade, mas também na maneira de pensar e agir de todos envolvidos nessas mudanças, para uma educação inclusiva, dando uma redefinição do papel social da escola, através da utilização de novas concepções educacionais, com a finalidade principal de focalizar a importância, de se lutar e inserir uma educação inclusiva para uma clientela diferenciada por suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais, acreditando na força e na responsabilidade da escola para formação de valores, na ótica de uma educação socialmente inclusiva, numa visão na qual o direito a igualdade as diferenças, inerentes a qualquer um de nós, seres humanos.


Assim, para nós educadores que participamos deste encontro, a educação é, sim, um instrumento para construção de uma prática social, onde podemos reconhecer em cada ser, talentos próprios a serem desenvolvidos.

Poema sobre surdos e mudos