quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Inclusão de surdos e mudos




O plano teórico – ideológico da escola inclusiva requer a superação dos obstáculos impostos pelas imitações do sistema regular de ensino. Seu ideário defronta-se com dificuldades operacionais e pragmáticas reais e presentes, como recursos humanos, pedagógicos e físicos ainda não contemplado nesse Brasil afora mesmo nos grandes centros.
Essas condições a serem plenamente conquistadas em futuro remoto, supõem-se, são exeqüíveis na atualidade, em condições restritamente especificas de programas – modelos ou experimentais.

O que se afigura de maneira mais expressiva ao se pensar na viabilidade do modelo de escola para todo o país no momento, é a situação dos recursos humanos, especificamente dos professores das classes regulares que precisam ser efetivamente capacitados para transformar sua pratica educativa. A formação e a capacitação docente impõem-se como meta principal a ser alcançada na concretização do sistema educacional que inclua a todos, verdadeiramente.


È indispensável à dificuldade de efetuar mudanças, ainda mais quando implicam em novos desafios e inquestionáveis demandas socioculturais. O que se pretende, numa fase de transição onde os avanços são inquietamente almejados, é o enfrentamento desses desafios mantendo-se a continuidade entre as práticas passadas e os presentes, vislumbrando o porvir; é procurar manter o equilíbrio cuidadoso entre o que existe e as mudanças que se propõe.


A inclusão de surdos e mudos requer uma proposta de mudanças de paradigmas educacionais, para que todos tenham o direito ao acesso a uma educação de qualidade, mas também na maneira de pensar e agir de todos envolvidos nessas mudanças, para uma educação inclusiva, dando uma redefinição do papel social da escola, através da utilização de novas concepções educacionais, com a finalidade principal de focalizar a importância, de se lutar e inserir uma educação inclusiva para uma clientela diferenciada por suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais, acreditando na força e na responsabilidade da escola para formação de valores, na ótica de uma educação socialmente inclusiva, numa visão na qual o direito a igualdade as diferenças, inerentes a qualquer um de nós, seres humanos.


Assim, para nós educadores que participamos deste encontro, a educação é, sim, um instrumento para construção de uma prática social, onde podemos reconhecer em cada ser, talentos próprios a serem desenvolvidos.

Poema sobre surdos e mudos

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

FATORES DE INTERFERÊNCIA NO LETRAMENTO


Na sociedade contemporânea somos bombardeados o tempo todo por muitas informações, por conta disso, a criança ao chegar à escola a priori, já possui um conhecimento de mundo, o qual deve ser respeitado e considerado pelo professor, isto é, sua prática pedagógica deverá partir do conhecimento da criança de modo que este seja ampliado por meio da aprendizagem da escrita e da leitura formal, fazendo com que adentre ao mundo letrado.
Então para aquisição da leitura e da escrita, é importante observar o tempo para trabalhar-se de forma significativa a leitura e a escrita na sala de aula, isto é, de modo significativo e com fruição. Assim, não pode ser cópia, já que a leitura e a escrita não estão restritos ao ambiente escolar, cabendo desse modo, o uso de textos de diferentes tipologias.
Um outro aspecto importante a ser abordado é a aquisição ou revitalização de bibliotecas nas escolas e a necessidade da biblioteca constar no projeto pedagógico da escola. Isto é, a criação de bibliotecas nas unidades onde elas não existam (até mesmo em uma caixa de papelão), ou fazer com que as que estão desativadas possam ser novamente utilizados.
Se observarmos o relato de experiências de pessoas comuns e também de ícones da nossa educação acerca do papel da biblioteca na vida do educando. Veremos a sua importância e o quanto estamos longe de tê-la como real em nossas escolas. Com esses relatos lidos lembrei-me de como gostava de freqüentar a biblioteca nos tempos de infância e adolescência, também a biblioteca da minha cidade era tão linda e organizada que todos queriam ir até lá. Neste ponto, nossa escola deixa a desejar, visto que o espaço físico não dá para fazer uma biblioteca ideal. Também não temos muitos livros em LIBRAS, o que seria o máximo!
Outro fator importante no processo de letramento é o uso constante do dicionário, confesso que com o aluno surdo é mais complicado de fazê-lo, pois para eles, melhor seria o dicionário trilìngue de Capoville, que nossa escola até tem, mas em número ainda insuficiente. Desse modo poderão ampliar o vocabulário. Realmente, o dicionário é um forte aliado nas atividades de leitura e também de escrita, ele é uma espécie de registro histórico da língua.Meu desejo é que apesar do dicionário trilingue ser grande e caro, que meus alunos tenham um em suas casas, isto é, que o governo distribua dicionário entre os surdos assim como o fez com os alunos ouvintes. Inclusive nossos alunos receberam dicionários em língua de sinais em CD, mas infelizmente só uns poucos é que possuem computadores em casa, ficando assim inviável o uso dos mesmos em suas residências.

Literatura

Os surdos não tem uma língua escrita, por isso, sua literatura é sinalizada, isto é, oral.