quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Letramento e Inclusão de Surdos na Língua Portuguesa


Compreender o processo de aquisição da Língua Portuguesa escrita por indivíduos surdos é de fundamental importância a todos os professores, tanto os de línguas como os de outras áreas do conhecimento, a fim de que possam refletir sobre a maneira mais adequada de ensinar, de forma que a escrita seja significativa a seus alunos.


É relevante salientar também que a escola e os educadores são os responsáveis pela inclusão dos surdos no ambiente escolar e social e pela garantia de serviço de apoio especializado, currículos, técnicas e recursos específicos para atender suas necessidades educativas especiais, conforme regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996).


No entanto, muitos professores desconhecem a história da educação e a cultura surda, a Libras (Língua de Sinais Brasileira), a forma como os surdos aprendem a escrita da língua oral e também o fato de que esses conhecimentos poderiam facilitar a organização de suas estratégias de ensino.


A importância da aquisição da Libras, na forma sinalizada e escrita, e da aquisição da leitura e da escrita da Língua Portuguesa, percebe-se que muito ainda há para ser estudado e refletido sobre esse assunto. Nota-se também que a área de Letras carece de pesquisas nesse campo, pois é essencial que os professores de Língua Portuguesa saibam como os surdos aprendem a escrita da língua oral, a fim de que proporcionem a seus alunos um ensino significativo.

Algumas mudanças educacionais são necessárias para que o sujeito surdo possa ser reconhecido tanto no ambiente escolar quanto na sociedade em geral e tenha a oportunidade de desenvolver-se integralmente. É fundamental que a escola e a própria sociedade mudem sua concepção de surdez e passem a valorizar os surdos pelos seus talentos e não por aquilo que lhes falta.


Também é importante que as instituições de ensino cumpram com suas funções sociais e políticas de educação e comprometam-se com a formação de cidadãos participativos, responsáveis e críticos, independente das particularidades de cada pessoa.


A importância de se lutar contra as exclusões, aceitando as diferenças, valorizando cada pessoa, convivendo dentro da diversidade humana e democratizando uma nova visão de mundo, com direito a igualdade, onde podemos reconhecer em cada ser, talento próprio a serem desenvolvidos com o amplo processo de inclusão social no sistema educacional brasileiro.


Com uma proposta integrada ao projeto da escola, direcionada á busca e continuidade ao processo ensino-aprendizagem, com um atendimento educacional diversificado para o alunado, propondo atender a todos independente de suas características particulares. Pois, a educação inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceções.

Servindo como uma reflexão sobre o desafio de incluir, cuidar, integrar, reconhecer, relacionar-se com crianças (e pessoas de um modo geral), com necessidades especiais (deficientes mentais, crianças com limitações sensoriais ou neurológicas etc.).

Refletindo sobre os fundamentos da educação inclusiva, analisando o que está na base, apoiando, e mesmo que não tenhamos consciência, que não temos obrigação de trabalhar em sala de aula, estar presente e de alguma forma regula nosso trabalho. É fundamental refletir sobre isso, procurar saber e tomar uma posição sobre o que pode estar definindo as características do nosso trabalho.

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