O plano teórico – ideológico da escola inclusiva requer a superação dos obstáculos impostos pelas imitações do sistema regular de ensino. Seu ideário defronta-se com dificuldades operacionais e pragmáticas reais e presentes, como recursos humanos, pedagógicos e físicos ainda não contemplado nesse Brasil afora mesmo nos grandes centros.
Essas condições a serem plenamente conquistadas em futuro remoto, supõem-se, são exeqüíveis na atualidade, em condições restritamente especificas de programas – modelos ou experimentais.
Essas condições a serem plenamente conquistadas em futuro remoto, supõem-se, são exeqüíveis na atualidade, em condições restritamente especificas de programas – modelos ou experimentais.
O que se afigura de maneira mais expressiva ao se pensar na viabilidade do modelo de escola para todo o país no momento, é a situação dos recursos humanos, especificamente dos professores das classes regulares que precisam ser efetivamente capacitados para transformar sua pratica educativa. A formação e a capacitação docente impõem-se como meta principal a ser alcançada na concretização do sistema educacional que inclua a todos, verdadeiramente.
È indispensável à dificuldade de efetuar mudanças, ainda mais quando implicam em novos desafios e inquestionáveis demandas socioculturais. O que se pretende, numa fase de transição onde os avanços são inquietamente almejados, é o enfrentamento desses desafios mantendo-se a continuidade entre as práticas passadas e os presentes, vislumbrando o porvir; é procurar manter o equilíbrio cuidadoso entre o que existe e as mudanças que se propõe.
A inclusão de surdos e mudos requer uma proposta de mudanças de paradigmas educacionais, para que todos tenham o direito ao acesso a uma educação de qualidade, mas também na maneira de pensar e agir de todos envolvidos nessas mudanças, para uma educação inclusiva, dando uma redefinição do papel social da escola, através da utilização de novas concepções educacionais, com a finalidade principal de focalizar a importância, de se lutar e inserir uma educação inclusiva para uma clientela diferenciada por suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais, acreditando na força e na responsabilidade da escola para formação de valores, na ótica de uma educação socialmente inclusiva, numa visão na qual o direito a igualdade as diferenças, inerentes a qualquer um de nós, seres humanos.
Assim, para nós educadores que participamos deste encontro, a educação é, sim, um instrumento para construção de uma prática social, onde podemos reconhecer em cada ser, talentos próprios a serem desenvolvidos.